terça-feira, 1 de dezembro de 2009
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Comer na Uerj? Cuidado....
Por André Coelho, Marcos Paulo, Adair Aguiar e Vinícius Miranda
O campus Maracanã da Universidade do Estado do Rio de Janeiro é o maior ponto de concentração de estudantes do estado; são quase 15 mil alunos freqüentando diariamente este gigantesco prédio de 12 andares. Para os que passam várias horas na Universidade trocar uma refeição de qualidade por uma alternativa mais rápida e barata, nos famosos “podrões” e “gordurosos” da Uerj, é quase uma regra. No entanto, tal prática pode ser perigosa para a saúde dos estudantes, tanto pela falta de qualidade da alimentação quanto pelas precárias condições de higiene das cantinas.
O grande movimento nas diversas cantinas da Uerj mostra que, de fato, os estudantes sentem fome quando estão na universidade. “Na maioria dos dias eu chego às 14h e só saio às 22h; às vezes não dá tempo nem de almoçar em casa e tenho que fazer duas refeições. Geralmente como um hambúrguer, algo preparado na hora, ou só um salgado quando a grana está mais curta” – conta João Gabriel Torgano, estudante de Engenharia.
O ideal, segundo especialistas, é uma alimentação mais diversificada, rica em nutrientes, como um bom prato de comida, por exemplo. O problema é que a falta de tempo e dinheiro praticamente obriga os estudantes a correr para comer um salgado quando a fome aperta. Para Márcia Madeira, professora do instituto de nutrição da UERJ, é preciso ter uma alimentação saudável dentro e fora de casa, sem exagerar nos salgados, hambúrgueres e outros, além de evitar trocar uma refeição completa por algum destes “lanchinhos”. “Outro problema é o tempo que a pessoa demora para comer; estudos mostram que fora de casa as pessoas levam, em média, de três a dez minutos para comer, o que pode causar sérios problemas no aparelho digestivo como gastrite e úlcera” - explica.
A falta de higiene dos estabelecimentos também é um fator preocupante. E não é preciso ser um fiscal para constatar o problema, como conta a estudante Flavia Martins: “eu já cansei de ver baratinhas andando pelas cantinas da Uerj. Como não tem opção, o jeito é fingir que não viu e comer o salgado assim mesmo.” Uma pesquisa realizada recentemente encontrou condições inadequadas de higiene em praticamente todos os estabelecimentos da Uerj; algumas situações absurdas como carnes sendo descongeladas em baldes no chão e ausência de itens básicos de higiene como pias para os funcionários lavarem as mãos (acesse www.agenc.uerj.br e veja a matéria de Alexandra Barbosa sobre a pesquisa).
Márcia Madeira alerta para o perigo da contaminação dos alimentos: “Muitas vezes esses locais não possuem condições apropriadas de estocagem e preparo da comida, tornando grande a probabilidade de contaminação microbiológica, o que pode causar problemas como diarréias, desidratação, dores de barriga, entre outros”. Segundo a professora, as altas temperaturas e a umidade do verão são potencializadoras do risco de contaminação e desenvolvimento de bactérias e outros organismos nos alimentos mal estocados.
Esse problema poderia ser consideravelmente reduzido se a Uerj possuísse o que a maioria das universidades públicas do País têm: o Restaurante Universitário, com refeições de qualidade por um baixo custo. No projeto original do prédio da Uerj está prevista uma área para a construção do chamado “Bandejão”, mas até hoje ele não saiu do papel. No ano de 2008 foi liberada pelo governo uma verba exclusiva para a construção do bandejão, que ainda não foi utilizada. Em setembro do ano passado os estudantes ocuparam a reitoria e saíram de lá com a garantia de que teriam o restaurante já no ano de 2009.
“O Restaurante Universitário é uma estrutura de assistência estudantil indispensável na maioria das universidades públicas do país. Na Uerj, que é uma das universidades com o perfil mais popular, os ainda não temos o Bandejão, o que é um absurdo.” – protesta Rafael Tristão, do Diretório Central dos Estudantes da Uerj. “Com a ocupação da reitoria o processo andou, agora só falta a ultima parte, que vai escolher a empresa que vai fazer a obra. Nós temos uma reunião marcada com a Administração Central para o dia 11 de fevereiro onde vamos discutir as questões finais, como o preço das refeições”- conta Rafael.
A parte final da licitação está marcada para o dia 16 de fevereiro, quando será escolhida a empresa que vai gerir o espaço. Segundo a Administração Central, a tendência é que a refeição seja gratuita para os alunos cotistas, e custe 2 reais aos demais estudantes, as obras devem demorar cerca de seis meses. Ao que parece, finalmente os alunos da Uerj terão uma opção saudável e barata na hora que a fome apertar.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
CRACK no Rio - Professor fala sobre o crescimento do uso da droga no RJ
Uma bomba prestes a explodir nas ruas do Rio – é assim que o professor Jairo Werner Júnior, da Faculdade de Educação (EDU) da UERJ, especialista em uso de drogas por crianças e adolescentes, classifica o perigo do aumento do uso de crack no Rio de Janeiro. Para ele, a sociedade não está preparada para lidar com os problemas decorrentes do uso desta que é uma das drogas mais letais e viciantes que existe.
Jairo Werner participou, no ano de 2005, de uma pesquisa realizada pelo Ministério Público, com menores de 8 a 14 anos de idade recolhidos pela operação Zona Sul Legal, que mostrou indícios de uso de cocaína por todos os examinados. O resultado da pesquisa apresenta que os moradores de rua têm contato constante com as drogas, o que pode se tornar um problema social de grandes proporções devido à entrada do crack no Rio de Janeiro, uma droga extremamente viciante e com um grau de letalidade altíssimo.
“O crack é basicamente a cocaína fumada, portanto tem o mesmo princípio ativo; a grande diferença entre os dois é o modo como são usados. A cocaína é absorvida pela mucosa do nariz, metabolizada pelo fígado e liberada gradualmente para o cérebro; já o crack é absorvido pelo pulmão e enviado diretamente ao cérebro, de uma vez só, provocando efeitos muito mais intensos, porém menos duradouros, fazendo que o usuário fique facilmente viciado”, explica o professor.
Assim como os efeitos da droga, os danos que ela provoca são grandes. Viciados em crack costumam sofrer de distúrbios psicológicos como delírios, agressividade, transtornos de humor e personalidade, além de problemas de ordem fisiológica, como febre alta, hipertensão e outros problemas cardíacos e circulatórios.
“Nas crianças usuárias, o crack provoca danos ainda mais devastadores, pois uma dose usada por um adulto é grande para uma criança, devido ao peso menor, o que aumenta muito o risco de uma overdose. Soma-se a isso o fato de que as crianças estão numa fase delicada de formação psicológica, portanto os distúrbios dessa ordem são muito mais comuns, mais intensos e mais difíceis de serem revertidos”, alerta Jairo Werner, que é especialista em tratamento de crianças.
O pesquisador explica que, por ser uma droga barata, o crack tornou-se muito comum entre a população de rua das cidades onde ele é vendido, expondo estas pessoas, que já sofrem cotidianamente com a exclusão, a uma exploração comercial cruel. "Os usuários passam a cometer inúmeros tipos de delitos para conseguir dinheiro e sustentar o vício, num ciclo onde saem perdendo a sociedade e o viciado, e só quem ganha é o tráfico", avalia Jairo Werner.
O crack transforma o usuário de tal forma que os métodos convencionais de tratamento de viciados em drogas mostram-se pouco ou nada eficientes no combate ao vicio na chamada ‘pedra’. Para o professor, está sendo criada uma outra espécie de ser humano, com alterações no humor, personalidade e valores, que não poderá ser tratada pelos métodos convencionais”.
Atualmente, no Rio de Janeiro, apenas a Fundação para a Infância e Adolescência do Estado do RJ (FIA) está preparada para tratar viciados em crack.
Na opinião de Jairo, o Rio de Janeiro corre o risco de passar por uma grande crise anunciada, que cresce pouco a pouco e irá tomar proporções gigantescas, assim como aconteceu com a dengue. “Se não combatermos e nos prepararmos para enfrentar esta droga desde já, em alguns anos o Rio estará enfrentando uma verdadeira epidemia do crack, com aumento significativo da violência, tráfico e prostituição”, alerta.
Para evitar este problema, a solução estaria em criar uma força tarefa para uma verdadeira guerra contra o crack, numa parceria entre o governo, a sociedade civil, empresas e universidades. Seu objetivo seria atuar na prevenção do uso, criar mais unidades de tratamento, ampliar a experiência da FIA, preparar a rede de saúde para enfrentar o problema, além de combater o tráfico de maneira eficaz.
Breve Histórico 'oficial' da nossa UERJ
A história da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) começa no dia 4 de dezembro de 1950, com a promulgação da lei municipal nº 547, que cria a nova Universidade do Distrito Federal (UDF). Diferente da instituição homônima fundada em 1935 e extinta em 1939, a nova Universidade ganhou força e tornou-se uma referência em ensino superior, pesquisa e extensão na Região Sudeste.
Nesse trajeto, a instituição viu seu nome mudar, acompanhando as transformações políticas que ocorriam. Em 1958, a UDF foi rebatizada como Universidade do Rio de Janeiro (URJ). Em 1961, após a transferência do Distrito Federal para a recém-inaugurada Brasília, a URJ passou a se chamar Universidade do Estado da Guanabara (UEG). Finalmente, em 1975, ganhou o nome definitivo de Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Criada a partir da fusão da Faculdade de Ciências Econômicas do Rio de Janeiro, da Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, da Faculdade de Filosofia do Instituto La-Fayette e da Faculdade de Ciências Médicas, a Universidade cresceu, incorporando e criando novas unidades com o passar dos anos. Às quatro faculdades fundadoras se uniram instituições como a Escola Superior de Desenho Industrial (Esdi), o Hospital Geral Pedro Ernesto, a Escola de Enfermagem Raquel Haddock Lobo, entre outras. Além disso, novas unidades foram criadas para atender às demandas da Universidade e da comunidade, como o Colégio de Aplicação e a Editora da UERJ, entre outros.
Nesses mais de cinqüenta anos de história, a Universidade cresceu em tamanho, estrutura e importância nos cenários regional e nacional.
PCD aprovado na ALERJ
Professores conquistam a Dedicação Exclusiva, uma antiga reivindicação, essencial para o crescimento da UERJ. Este regime de trabalho garante que os professores possam se dedicar exclusivamente à nossa instituição, evitando aquele clássico problema do professor que está sempre pulando de emprego em emprego e chega atrasado às aulas, além de ser um estímulo a mais para garantir sua permanencia.De todas as grandes Universidades públicas deste país, a Uerj era a única a não ter este regime de trabalho.
Agora é pressionar para que o Cabralzinho não vete esta parte do plano.
Do Site da Asduerj ( www.asduerj.org.br ) :
"O movimento dos professores da Uerj conquistou, na tarde desta terça-feira (02/12), melhorias no projeto de readequação de carreira, encaminhado pelo governo do Estado à Alerj. Em reunião do colégio de líderes dos partidos, foi acordada por consenso a aprovação de cinco emendas ao projeto, entre elas a que garante a implantação da Dedicação Exclusiva. Pelo acordo, as demais emendas foram retiradas por seus autores durante a votação em plenária. "